Reportagem da Globonews levada ao G1 cita dados do projeto #Rompa, iniciativa do TJSP e da Apamagis

Uma reportagem publicada pela Globonews e reproduzida no site do G1 nesta quinta-feira (22/7) mostrou que o número de medidas protetivas concedidas às mulheres aumentou 44% no Estado de São Paulo em dois anos. Os dados usados como referência foram disponibilizados pelo projeto #Rompa, parceria do TJSP e da Apamagis, citada pelos dois veículos.

No texto, o G1 informa que entre janeiro e junho deste ano, o Judiciário concedeu em todo o Estado 30.857 pedidos de medidas protetivas. “Esse número representa uma alta de 44% em relação aos 21.502 pedidos concedidos no primeiro semestre de 2019.”

Uma das embaixadoras do projeto #Rompa, a juíza do TJSP Flávia Martins de Carvalho disse à Globonews que uma combinação de fatores explica essa alta das medidas protetivas concedidas no Estado. Entre eles o tempo maior de permanência da vítima ao lado do agressor, em função da pandemia, a dificuldade de mobilidade dessas vítimas e a própria dificuldade de acesso à rede de proteção.

“O mais importante é que a sociedade como um todo se conscientize que, em briga de marido e mulher, a gente precisa sim meter a colher para não ser cúmplice de alguma maneira, não no sentido técnico, mas ser cúmplice daquela violência através da nossa omissão. Então, a sociedade civil também deve estar atenta. Muitas vezes, um pedido de socorro não vem de uma maneira direta, mas do som que a gente ouve da nossa vizinhança e percebe que tem uma mulher ali sofrendo violência. A gente percebe numa voz mais embargada, num telefonema, que, às vezes, ela não fala diretamente que está sofrendo [a agressão]”, disse a juíza.

O projeto #Rompa contra a violência doméstica foi lançado em 8/3, Dia Internacional da Mulher, numa parceria da Apamagis e do TJSP. Na ocasião, foi lançado o Prêmio #Rompa, que, no último bimestre deste ano, apontará as melhores práticas desenvolvidas por magistrados e sociedade civil para interromper esse ciclo nocivo que afeta diretamente as mulheres.

Leia a reportagem na íntegra aqui.