Campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica chega aos supermercados paulistas após adesão da Apas

20 de maio de 2022

A Campanha Sinal Vermelho ganhou mais um importante apoio no Estado de São Paulo nesta terça-feira (18/5), com a adesão da Apas (Associação Paulista dos Supermercados). O termo de adesão foi assinado durante a feira Apashow pelo presidente Ronaldo dos Santos e pela diretora da AMB Mulheres, Domitila Manssur, que também representou a Apamagis na ocasião.

A abertura do evento de responsabilidade social contou com a apresentação do grupo Batuqueiros do Silêncio, formado por jovens surdos, e um painel sobre violência doméstica, no qual foram apresentados dados da pesquisa JUSBarômetro 2ª Edição, encomendada pela Apamagis ao Ipespe sobre violência contra a mulher no Estado de São Paulo. “Infelizmente essa pesquisa trouxe o que  nós, do Judiciário, já suspeitávamos vendo o dia a dia: a violência contra a mulher só aumenta. A percepção é de 88% de aumento, segundo a pesquisa encomendada pela Apamagis”, explicou Domitila Manssur, uma das idealizadoras da campanha.

A magistrada classificou a violência contra a mulher como um “atraso cultural, social e econômico.  É um mal não só do Brasil, mas mundial, e que infelizmente nos coloca em 5º lugar entre os países que mais matam mulheres no mundo.”

A diretora do AMB Mulheres e idealizadora do Sinal Vermelho, Maria Domitila Manssur, representando a Apamagis (foto: Ariane Martins)

Referência no combate à violência doméstica, a capitã da 3ª Cia. do 20º Batalhão da PM de Itapevi, Sandra Aparecida dos Santos, recordou o Dia Mundial de Combate ao Abuso Infanto-Juvenil para alertar sobre o papel da sociedade na mudança cultural necessária para a erradicação da violência contra a mulher.  “Nesta quarta-feira faz 49 anos que uma garotinha chamada Araceli Crespo foi violentada e morta no Espírito Santo, e hoje ela é o símbolo do enfrentamento a essa violência. Essas meninas serão potenciais vitimas de violência doméstica. Num país onde três a cada dez mulheres foram vítimas de violência, não é a vítima que está errada, é a nossa sociedade que precisa repensar.”

A capitã da PM, Sandra Aparecida (foto: Ariane Martins)

A capitã também explicou a importância do constante treinamento dos agentes da PM. “São eles que vão dar esse primeiro atendimento. A forma de atendimento, seja em uma cidade ou na Capital, deve ser igual, ou seja, especializado e humanizado, para que a mulher confie no Estado, senão esta mulher não vai querer nem ir para a delegacia”, afirmou.

Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo, chamou a atenção para o fato de esse crime não ter classe social, uma ideia equivocadamente disseminada. “Isso não acontece só na periferia, com pessoas de baixa renda. Não, ela está próxima de todos. Cada um de nós tem um caso conhecido. Essa é a função do nosso Instituto Mulheres do Varejo. Cuidar das mulheres com o nosso olhar sobre nós mesmas.”

A presidente do Instituto Mulheres do Varejo, Sandra Takata (foto: Ariane Martins)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • A diretoria executiva da Apamagis promoveu na sede social, nesta quarta-feira (27/3), um encontro entre […]

  • O XXX Encontro de Coordenadores da Apamagis, o primeiro da gestão do presidente Thiago Massad, […]

  • A Apamagis promoveu, na última sexta-feira (22/3), a posse festiva da diretoria executiva e do […]

NOTÍCIAS RELACIONADAS